Diferenças de posicionamentos. City de Guardiola.

Abordava-se por cá, na análise ao Benfica vs Portimonense, as constantes falhas posicionais de André Almeida e Eliseu que, por estarem pouco projetados ofensivamente, dificultavam a construção de jogo da equipa do Benfica.

City sempre em construção a 3. Danilo, Stones e Otamendi. Fernandinho sempre a procurar o espaço entre a primeira linha de pressão do Liverpool e a linha intermédia. Walker e Mendy bem projetados nas alas.

Liverpool a procurar fechar o espaço central, como o Portimonense na Luz. Manchester City com posicionamentos diferentes e assertivos, quando comparado com os que o Benfica utilizou. Aguero sempre a recuar para procurar o espaço entre linhas. Gabriel Jesus a posicionar-se entre centrais/central-lateral para procurar o ataque à profundidade, nas costas da defesa do Liverpool. Walker bem projetado na ala direita e Mendy, que não se vê na imagem, vai receber na esquerda e procurar o ataque à profundidade.

Um exemplo do que deve ser feito em construção. Centrais que não se limitam a tocar para o lado ou a procurar bolas bombeadas para as alas. Progridem com bola e atraem adversários para depois soltarem entre linhas. Novamente Aguero a recuar para receber, Gabriel Jesus posicionado entre o central e o lateral do lado oposto onde a bola está a ser jogada. De Bruyne e David Silva sempre por dentro a oferecerem linhas de passe ao portador.

Mais um exemplo de posicionamentos que fazem a diferença. 6 jogadores na zona da bola. City perde a bola em processo ofensivo e a equipa, sempre compacta e junta, está preparada para a reação à perda.

Não obstante à expulsão de Mané que condicionou a estratégia que Klopp tinha preparado para o jogo, venceu aquela que foi a melhor equipa. Que, coletivamente, foi mais forte. Mais preparada em todos os momentos do jogo, com e sem bola. Até parece simples, não é?